Dez anos após ter adquirido a Amil, em uma transação de R$ 10 bilhões, a americana UnitedHealth Group (UHG) se movimenta para vender o controle da operadora de saúde. A negociação é mais um passo na redução das operações do grupo no Brasil, após ter repassado, em dezembro de 2021, a carteira de planos individuais da Amil para a APS.
Grandes grupos de saúde do País já foram sondados, como Sul América e Bradesco, mas a disputa, neste momento, estaria mais acirrada entre a gigante Rede D’Or, dona dos hospitais São Luís, e a família Bueno, dos fundadores da Amil, que também controla a Dasa.
A estratégia de saída vem depois de uma série de tentativas de revitalização do negócio. A UHG não conseguiu reverter a situação da Amil desde a aquisição do negócio, em 2012. Primeiro, tentou fazer um processo de reestruturação na companhia, com corte de pessoal e troca de executivos.
Posteriormente, lançou no Brasil a Optum, empresa de tecnologia especializada em saúde que é sucesso nos EUA, mas que não decolou por aqui. No mercado americano, a UHG é uma gigante de saúde. Apenas no terceiro trimestre do ano passado, lucrou US$ 4 bilhões. Na Bolsa americana, é avaliada em US$ 445 bilhões.
A Amil encerrou o exercício de 2020 – o último balanço divulgado – com queda de 6% em seu faturamento consolidado, que alcançou R$ 25,7 bilhões. A redução do número de beneficiários e do volume de procedimentos eletivos foram os motivos para a retração. No entanto, quedas nas despesas de comercialização e administrativas levaram a operadora a fechar o ano com lucro líquido de R$ 517,1 milhões.
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