O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) encaminhará, na próxima semana, ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à empresas de ônibus, a proposta da categoria com os reajustes reivindicados, após assembleias realizadas em Niterói, entre 27 de setembro e 1º de outubro. Rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá participaram. Na próxima terça-feira (5) haverá reunião dos representantes dos trabalhadores com os patrões na sede do sindicato das empresas (Setrerj), em Niterói.
Desde junho, com mediação do MPT, o Sintronac tenta negociar o reajuste salarial dos rodoviários com as empresas de ônibus que, até agora, se mantêm irredutíveis em negociar com a categoria. As perdas salariais dos trabalhadores, que estão com seus vencimentos congelados há dois anos, calculadas pela variação anual do IPCA, chegam a 14,5%, alerta o sindicato.
Greve
O sindicato garante que continuará tentando diálogo com os patrões até 1º de novembro. Caso a recusa permaneça, uma nova assembleia será convocada para definir os parâmetros da paralisação, que atingirá 438 linhas municipais e intermunicipais dos cinco municípios, responsáveis pelo transporte mensal de aproximadamente 36 milhões de passageiros. Quantitativo afetado corresponde aos passageiros de todo o estado considerando os dois trajetos de dia e volta.
Já o Setrerj afirmou nesta sexta-feira (1º), que pretende preservar os empregos dos rodoviários. Apesar disso, não apresentou solução sobre as tentativas de negociações com a categoria.
O Setrerj diz reconhecer a legitimidade das reivindicações e conta que é solidário aos rodoviários. Mas justifica que com o agravamento da crise devido à pandemia, as empresas sentem os efeitos do desequilíbrio econômico-financeiro provocado pelo congelamento da tarifa há dois anos nos sistemas de linhas municipais e intermunicipais.
‘É preciso ressaltar que desde o início da pandemia, o setor de ônibus perdeu quase 1 bilhão de passageiros no estado’, pontuou em nota.
Apesar do retorno às atividades econômicas e a volta de passageiros em coletivos, o sindicato que representa as empresas afirmou que a crise no transporte coletivo provocou forte impacto nas empresas, pressionadas pela redução atual de 35% dos passageiros e do aumento dos custos. Principalmente o óleo diesel, que já registrou este ano elevação de mais de 50%.
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