A Positivo está anunciando hoje um acordo para o licenciamento exclusivo dos celulares Infinix, a marca premium da chinesa Transsion.
A Transsion é listada na bolsa de Xangai e está avaliada em US$ 18 bilhões. A empresa é a sexta maior fabricante de smartphones do mundo, e a terceira maior produtora dos aparelhos mais simples, os feature phones.
Pela parceria, a Positivo vai fabricar e distribuir os produtos da Transsion no Brasil — as primeiras unidades já saíram da fábrica na Zona Franca de Manaus.
Hoje, somente Samsung e Motorola têm produção local de aparelhos no Brasil, depois que a LG deixou o mercado — e é este espaço que a Positivo pretende ocupar.
Apesar da sede na China, a Transsion é conhecida no setor por dominar o mercado na África, onde tem market share superior a 50% desde 2017. Na Índia, a empresa tem 12% do mercado e vem expandindo seu negócio globalmente — está em mais de 70 países.
Hoje, a venda de smartphones está em queda porque o ritmo de inovação tecnológica diminuiu, mas o usuário está sempre em busca de um upgrade na troca no celular. Para crescer, a Positivo precisava colocar um pé neste segmento.
Até a parceria, a Positivo atuava no mercado de celulares com sua marca própria, com aparelhos de preço mais baixo. A empresa estima ter cerca de 30% do mercado de feature phones. Já em smartphones, a Positivo só vendia aparelhos de até R$ 800 — nesse negócio, ela tem cerca de 20% do mercado.
A parceria com a Transsion começa com a venda do Infinix Note 10 PRO, em duas versões: uma com capacidade de armazenagem de 128 GB, que sairá por R$ 1.499; e outra com 256 GB, por R$ 1.699.
A estratégia de lançamento leva em consideração o fato de o produto já ser oferecido no Brasil em sites de ecommerce que trazem o aparelho do exterior e o vendem por R$ 2 mil em média, sem garantia.
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