O governo de Vladimir Putin decidiu nesta sexta-feira (4) bloquear o acesso ao Facebook e ao Twitter
Na Rússia, é proibido se referir aos acontecimentos na Ucrânia como uma guerra. Nesta sexta-feira (4), isso passou a ser crime, com punição de até 15 anos de prisão. O governo de Vladimir Putin impõe aos russos um regime duro de censura à imprensa e às redes sociais; e mente para população sem nenhum pudor para justificar o ataque à Ucrânia.
Algo se perdeu na tradução. As TVs controladas pelo Kremlin afirmam que a Ucrânia é responsável por bombardeios em suas próprias cidades. Os ataques da Rússia são de “precisão” e só contra infraestrutura militar.
Quando algo sai errado, a imprensa explica com gráficos e analistas jurando de pé junto que não há tropas russas na trajetória do míssil. Ou então a culpa é dos militares da Ucrânia, que usam civis como “escudos humanos”. Quem aperta o gatilho diz que não tinha o que fazer: “O ataque era inevitável. A missão é tirar do poder nacionalistas perigosos”.
Se a população não entendeu a narrativa oficial, o Kremlin desenha. Um vídeo exibido em uma aula para crianças russas, explicou a guerra assim: o menino Misha, da Ucrânia, e o menino Vânia, da Rússia, eram amigos. O ucraniano mudou de sala e começou a ouvir amigos novos, dizendo que a Rússia era ruim. Misha, então, começou a bater nos russos pequenos. A grande Rússia foi proteger esses russinhos. E por aí vai.
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