A cúpula do Exército Brasileiro avalia a publicação de um comunicado público para esclarecer a recomendação que trata sobre a vacinação contra o coronavírus.
Na última atualização do conjunto de diretrizes do Comando do Exército, divulgada na segunda-feira (3), o comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira recomenda a imunização para o retorno de militares ao trabalho presencial.
Bolsonaro é crítico da vacinação e contra máscaras e distanciamento. Ele já disseminou diversas notícias falsas sobre a pandemia.
Durante toda a sexta-feira (7), integrantes da cúpula do Exército manifestaram preocupação com uma nova crise com o presidente. Em março de 2021, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os três comandantes das Forças, na maior crise militar desde a década de 70.
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, entrou no circuito e manteve conversações com o comandante do Exército. Interlocutores afirmam, porém, que não houve recomendação expressa para a confecção de uma nota com esclarecimento sobre a diretriz baixada por Oliveira.
De acordo com essas fontes, o texto permite a interpretação de que a vacinação para militares da ativa é obrigatória para o retorno presencial – o que não é.
O trecho em questão explica que, para o retorno presencial, deve ser respeitado o período de 15 dias após a imunização contra o coronavírus.
Para os críticos à redação do texto, o mesmo conjunto de regras, no entanto, abre brecha para interpretação errada quando trata dos casos sem cobertura vacinal, já que a orientação é para que sejam submetidos à avaliação do departamento geral de pessoal.
Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as diretrizes aos militares e sobre a possibilidade da cúpula do Exército Brasileiro divulgar uma nota pública para esclarecer a questão.
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