Durante o discurso de Donald Trump ao Congresso dos Estados Unidos, a oposição democrata se manifestou de maneira contundente. Rep. Al Green, conhecido por sua postura anti-Trump, foi retirado da câmara após gritar por impeachment logo no início da fala do presidente. O presidente da Câmara, Mike Johnson, interveio e ordenou a remoção de Green, que já havia tentado introduzir artigos de impeachment anteriormente. Outros democratas também expressaram sua insatisfação, como Rep. Melanie Stansbury, que segurou um cartaz com a frase “Isso não é normal”, que foi arrancado por um legislador republicano.
A estratégia dos democratas incluiu o uso de placas e quadros para contestar as declarações de Trump durante o discurso, que era amplamente controlado pelo presidente. Quando Trump fez afirmações consideradas falsas, vários membros levantaram placas com a palavra “Falso”. Além disso, mensagens em apoio ao Medicaid e críticas a Elon Musk foram exibidas. A deputada Rashida Tlaib se destacou ao escrever reações em tempo real, como “Comece pagando seus próprios impostos” em resposta a comentários sobre tarifas.
A liderança do Partido Democrata, sob Hakeem Jeffries, havia solicitado que os membros evitassem protestos visíveis, pedindo contenção nas aplausos e a não utilização de cartazes. No entanto, muitos ignoraram essas orientações, demonstrando a frustração crescente com a administração de Trump. Senadores veteranos, como Patty Murray e Chris Murphy, optaram por boicotar o evento, refletindo a divisão interna sobre como lidar com a presença do presidente em um evento tradicional.
Rep. Don Beyer, que não compareceu ao discurso, expressou sua desilusão com a administração de Trump, afirmando que não queria legitimar suas ações. Ele destacou que a presença dele no evento seria frustrante para os eleitores que representa, especialmente em um momento em que o governo federal estava reduzindo o número de funcionários em sua região. A situação no Congresso ilustra a crescente tensão entre os partidos e a dificuldade dos democratas em encontrar uma abordagem unificada diante da retórica de Trump.