Jim Acosta, âncora da CNN norte-americana, anunciou sua demissão ao vivo nesta terça-feira (28). Conhecido por seu posicionamento crítico em relação ao presidente Donald Trump, o jornalista trabalhou por 18 anos na rede, atuando como correspondente na Casa Branca e cobrindo diversos presidentes.
De acordo com a Associated Press, Jim Acosta pediu demissão depois de recusar uma proposta da CNN para se transferir para um programa que começaria no início da madrugada em cidades como Washington, D.C., e Nova York. A oferta incluía sua mudança de Washington para Los Angeles, onde o programa seria exibido às 21h, horário local. Anteriormente, Jim Acosta apresentava um telejornal matutino na emissora.
Durante seu discurso de despedida na CNN, Jim Acosta relembrou momentos significativos de sua carreira, como a cobertura da viagem do ex-presidente Barack Obama até Cuba. Na ocasião, ele questionou o líder cubano Raúl Castro sobre prisioneiros políticos. “Como filho de um refugiado cubano, levei para casa a lição de que nunca é um bom momento para se curvar a um tirano”, afirmou.
O âncora da CNN destacou a importância do jornalismo em responsabilizar os detentores do poder. “Sempre acreditei que é função da imprensa responsabilizar o poder. Sempre tentei fazer isso na CNN e planejo continuar fazendo isso no futuro. Segure-se à verdade e à esperança”, pediu.
Após o anúncio de sua saída, Donald Trump criticou Jim Acosta e comemorou a demissão do jornalista. Pelas redes sociais, o presidente disse que sua saída da emissora era uma “boa notícia” e afirmou que o apresentador “é um grande perdedor que vai fracassar não importa onde ele acabe”.