O Botafogo é campeão da Copa Libertadores 2024. A equipe carioca venceu o Atlético Mineiro por 3 a 1 neste sábado (30), em Buenos Aires, e conquistou a competição internacional pela primeira vez na sua história.
A vitória do Botafogo foi marcada pelos gols de Luís Henrique, Alex Telles e Júnior Santos após o time carioca perder um jogador aos 29 segundos do primeiro tempo. O único gol do Atlético-MG foi feito pelo jogador Eduardo Vargas.
Gabriel Milito pôde repetir o mesmo time que havia atuado contra o River Plate, na semifinal. Novamente, não contou com o meia Zaracho, lesionado. Já Artur Jorge teve o desfalque do zagueiro Bastos, também lesionado. Adryelson ficou com a vaga. Mateo Ponte cumpriu suspensão por conta da expulsão na semifinal.
A decisão foi manchada antes do primeiro minuto com o vermelho do cartão recebido por Gregore. O botafoguense acabou expulso após acertar a cabeça de Fausto Vera com o pé, em uma disputa no meio do campo.
Mesmo com um a menos, o técnico português optou por não fazer alterações no primeiro tempo. Viu o adversário se impor com finalizações de Hulk de fora da área e Deyverson arrancar um “uh” da torcida ao chutar para fora em chance dentro da área.
Contudo, a vantagem do Atlético-MG derreteu sob o sol argentino em menos de 40 minutos. Quando pela primeira vez teve espaço para atacar, o Botafogo não perdoou. Marlon Freitas chutou, e a bola sobrou nos pés de Luiz Henrique. Com o talento que o levou para a Seleção Brasileira aos 23 anos, bateu para abrir o marcador.
As estrelas de Luiz Henrique e do próprio escudo do Fogão voltaram a brilhar cinco minutos depois. O atacante foi derrubado por Everson na entrada da área. VAR chamou, pênalti marcado. Alex Telles, o lateral ex-Grêmio, cobrou aos 42 e definiu que a vantagem, a partir dali, não estaria mais ao lado dos mineiros.
Segundo tempo
Na volta do vestiário, o que todos, até mesmo Artur Jorge e os torcedores botafoguenses esperavam, aconteceu. O duelo se transformou em ataque contra defesa.
Quem deu o primeiro empurrão para a retomada do ímpeto atleticano foi Eduardo Vargas. O chileno ingressou no intervalo e, com um minuto, cabeceou para o gol a cobrança de escanteio de Hulk.
Uma tempestade de bolas levantadas se instalou sobre a área do Botafogo. Deyverson mergulhou “de peixinho” e outra vez arrancou suspiros, mas não balançou as redes. Aos oito, o centroavante pediu pênalti depois de choque com Marlos Freitas. Não assinalado pela arbitragem.
Os 10 atletas do Botafogo fizeram da sua área um “bunker” para guardar a vitória. De fora da área, vinham as bombas, como a lançada por Arana, mas sem direção certa.
Para complementar o dia “não” do Galo, Eduardo Vargas perdeu as duas chances mais claras da partida aos 41 e 43 minutos. Meteu por cima da meta, na pequena área, ao receber passe de Mariano. E não aproveitou a falha de Adryelson ao sair cara a cara com o goleiro e finalizar para fora.
Quando a explosão da festa estava engatilhada, Júnior Santos apareceu no ataque para dizer “eu também quero”. O atacante driblou dois marcadores, cruzou para Matheus Martins, Alan Franco cortou e coube a ele mesmo, Júnior Santos, tocar para o 3 a 1, aos 51 minutos.
Copa Libertadores da América — Final
Atlético-MG (1)
Everson; Lyanco (Mariano, INT), Battaglia, Junior Alonso; Gustavo Scarpa (Vargas, INT), Fausto Vera (Bernard, INT), Alan Franco, Guilherme Arana; Hulk, Deyverson (Alan Kardec, 29’/2ºT) e Paulinho. Técnico: Gabriel Milito
Botafogo (3)
John; Vitinho, Adryelson, Alexander Barboza, Alex Telles (Marçal, 12’2ºT); Gregore, Marlon Freitas, Luiz Henrique (Matheus Martins, 33’/2ºT), Savarino (Danilo Barbosa, 12’/2°T), Thiago Almada (Júnior Santos, 33’/2ºT); Igor Jesus (Allan, 46’/2ºT). Técnico: Artur Jorge
GOLS: Luiz Henrique (B), aos 34min, e Alex Telles (B) aos 42min do 1º tempo; Vargas, ao 1min, e Júnior Santos, aos 51min do 2º tempo
CARTÕES AMARELOS: Battaglia, Lyanco, Fausto Vera, Hulk; Alex Telles, Almada, Igor Jesus Vitinho
CARTÕES VERMELHOS: Gregore (B)
ARBITRAGEM: Facundo Tello, auxiliado por Ezequiel Brailovsky e Gabriel Chade. VAR: Mauro Vigliano (quarteto argentino)
LOCAL: Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina