CARNAVAL 2024DESTAQUE

Niterói encerra o Carnaval 2024 com folia e educação

O carnaval se despediu de Niterói com o tradicional desfile da Sinfônica Ambulante que, este ano, aconteceu junto com o Bloco “Não é Não”, organizado pela Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim), da Prefeitura. A folia aconteceu durante toda a tarde, na Orla de Icaraí. A parceria dos blocos veio para conscientizar as pessoas sobre os assédios e abusos que ocorrem com as mulheres durante o carnaval.

A coordenadora da Codim, Thamyris Elpidio, explica que o bloco mostra que a união do poder público com a sociedade civil é tão boa que pode inclusive dar em festa, onde todas as pessoas podem ser felizes e respeitadas. Para ela, essa é uma mensagem indispensável que deve ser parte do enredo do carnaval: a possibilidade de celebrar livre de desconfortos e medos por ser mulher.

“Nessa edição, junto de um dos principais blocos da nossa cidade, a Sinfônica Ambulante, nossa mensagem principal é o acesso pleno das mulheres à cultura, à arte, à diversão e ao direito de não sofrerem nenhum tipo de violação. Do ponto de vista cultural, temos a garantia da alegria como expressão do nosso povo, das nossas mulheres podendo viver e celebrar, principalmente em ambientes seguros. Vale lembrar que depois do não, tudo é importunação sexual. É assédio”, explica Thamyris.

Com o enredo “Carnaval com diversão e sem importunação”, o bloco contou com distribuição de coletores menstruais, absorventes reutilizáveis e camisinhas. Além disso, houve uma oficina de adereços de cabeça de carnaval com a aderecista Wyna Castanheira e outra de customização de abadás e camisas, com Quelli Quintana.

“Buscamos dar visibilidade ao grande número de assédios e abusos que ocorrem contra as mulheres no período da folia. Carnaval é uma grande manifestação popular da alegria, mas também é momento de conscientização sobre os nossos direitos. Mais do que ‘não é não’ é ter a consciência de que só o sim é sim. Porque é necessário ter o consentimento, a consciência da mulher. E que todas as mulheres possam curtir a festa sem serem assediadas, importunadas, constrangidas, e que tenhamos, no carnaval ou fora dele, uma vida sem violência”, afirma Fernanda Sixel.

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